Além de músico, cantor e compositor, Fabrício Ramos também é historiador formado pela PUC-SP e apaixonado por cinema e literatura. Fã incondicional da Cultura e da Arte Brasileiras, o artista cresceu em meio à musica e aos livros.
Fabrício tornou-se um grande admirador do poeta e romancista brasileiro, Ariano Suassuna. O paraibano, Ariano Villar Suassuna foi, além de escritor, um dos maiores dramaturgos brasileiros. Suas
obras ultrapassaram as barreiras do papel e hoje suas histórias são contadas e lembradas para além do sucesso de "O Auto da Compadecida". Seu romance "A Pedra do Reino" (O Romance D`A Pedra do
Reino e o príncipe do sangue do vai e volta), por exemplo, também alcançou muito sucesso e chegou a ser adaptado para a televisão e teatro.
Além das obras de literatura, nos últimos anos de vida, Ariano se dedicou a apresentar palestras ao redor do Brasil. Grande contador de histórias, falava sobre cultura
popular, arte, cinema e sobre suas viagens literárias.
Seguindo os passos do mestre e apoiado em sua admiração e curiosidade pelo autor e sua obra, Fabrício Ramos aceitou o convite e encarou o desafio de participar da "Semana de Leitura do Senac" por
dois anos consecutivos. O evento gratuito e aberto ao público geral visa discutir a importância da leitura para a vida e o crescimento pessoal e também trazer os cidadãos para mais perto de
grandes escritores brasileiros e suas obras, muitas vezes pouco conhecidos ou incompreensíveis à maioria da população, pouco acostumada à leitura.
No primeiro ano a palestra no SENAC versava sobre a obra "O Romance d`A Pedra do Reino", obra escrita por Suassuna e publicada em 1971. No segundo ano, a apresentação foi sobre livros brasileiros
que foram adaptados ao cinema. Dessa vez, Fabrício se inspirou na obra "O Auto da Compadecida", também de Ariano Suassuna. Mas o livro foi apenas uma inspiração, pois a conversa ia muito além da
obra. Foram discutidas suas versões e adaptações para o teatro e também para o cinema. Aqui, Fabrício discorreu os diferentes diretores das peças teatrais e suas características únicas e, como
essas diferentes características contribuíram para a grande diversidade entre as versões apresentadas nos palcos. Contou também sobre cada ator e seu personagem e como as marcas pessoas de cada
um deles imprimiram aos personagens olhares tão distintos. Falou sobre as personagens novas que surgiram ao longo das adaptações e que abrilhantaram ainda mais a obra adaptando-a aos tempos em
que era contada.
As palestras eram verdadeiras imersões no mundo e na arte de Ariano Suassuna no Sertão nordestino - região onde as histórias se passaram.
Possibilitar a todos o acesso ao mundo mágico de Suassuna, sua delicadeza e genialidade, tornou-se algo diferente e fantástico na vida do músico e historiador Fabrício Ramos, que via agora mais
uma possibilidade de enaltecer a Arte e a Cultura brasileiras e de levar ao seu povo um pouquinho de sua beleza e encantamento.
Ainda na linha das palestras que discorrem sobre Arte e Cultura e com um olhar que nunca se distancia muito de suas raízes pernambucanas, Fabrício Ramos também tem uma apresentação mais voltada à
música brasileira. Trata-se de considerações sobre a cena musical de Recife nos anos 70, suas principais influências e atores (entre eles o aclamado Alceu Valença, principal nome artístico da
época).
Fabrício conta sobre as influências recebidas por Alceu, seu conhecido nacionalismo e o forte apego às raízes pernambucanas, as possíveis marcas da ditadura vigente no Brasil da época em sua obra
(especialmente nas letras de sua canções) e como esse artista revolucionou definitivamente a música brasileira. Fabrício transporta o ouvinte até a chegada de Alceu Valença no Sudeste e demonstra
o impacto que sua figura excêntrica e sonoridade única causaram no cenário musical local.
Era ainda a contagiante fase psicodélica do músico pernambucano que agitava a cena musical. Um som rasgado, cortante, único e nem um pouco bem comportado, e que influenciava as gerações futuras
de forma muito positiva.
Sobre a vinda de Alceu ao eixo Rio/São Paulo, Fabrício escreveu: " O cantor e compositor nascido em São Bento do Una (PE), trouxe na bagagem uma explosão musical nordestina revestida pelo mais
autêntico sotaque pernambucano, uma sonoridade nunca antes ouvida no Sudeste, impressionando positivamente a todos. A música brasileira precisava daquilo!"
Neste trabalho, Fabrício explora a musicalidade diferente de Alceu Valença e sua banda, os personagens que por muitos anos acompanharam o artista, como o flautista Zé da Flauta, o consagrado
compositor e cantor Zé Ramalho, o guitarrista e produtor Paulo Rafael, o fotógrafo Mário Luiz Thompson e as entrevistas com essas figuras peculiares que abrilhantavam ainda mais o espetáculo que
havia ao redor de Alceu nos anos 70. Essa palestra é uma viagem musical no tempo. Um presente para os amantes da Arte e da boa Música Brasileira.
Há um visível encantamento do artista de Triunfo em relação ao ídolo de São Bento do Una. Mas como não se encantar? Alceu é ídolo nacional, é sonoridade, é mitologia, é sangue brasileiro e
nordestino que jorra vivo, quente, intenso!
Fabrício Ramos apresentou suas palestras na "Semana de leitura do Senac" e também para jovens da rede pública de ensino. Este riquíssimo material pode ser levado para qualquer público onde haja o amor pela Literatura, pela Música, pela História, enfim, pela Cultura. Clubes, agremiações, associações, escolas, grupos de teatro, de leitura, de alfabetização. grupos públicos ou da iniciativa privada; ou seja, onde haja espaço para conhecimento, haverá espaço para as hipnotizantes palestras do artista e historiador Fabrício Ramos.
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